26 de abril de 2008

1 Mês de África - Angola


…e histórias pra contar não faltam.

Não sei se pelo comodismo de estarmos em “casa” não observamos muito ao nosso redor, ou se tudo aqui acontece de forma muito diferente dos padrões que estou acostumado.Hoje pela manhã lembrei muito do Brasil. Acho que todos já passaram por alguma situação em que a propina entrou em jogo!! A diferença é que aqui tudo é mais aberto. Meu passaporte está na Polícia Federal para emissão do visto de trabalho e estou portando apenas uma cópia. E quem disse que teve conversa??? 300 dólares era preço pra eu não ser encaminhado à Esquadra (delegacia)! Depois 150… Tinha 70 na carteira. “Não Engenheiro. Muito pouco!!!” …estava com outros engenheiros no carro e telefonamos ao administrativo da empresa. Pegamos o número de celular de um comandante. Pronto. Uma ligação e os dois policiais ficaram sem a gasosa deles (refrigerante).

Conheci um pouco mais da cidade. A Ilha de Luanda tem algumas boas opções de restaurantes e bares. Fui a um restaurante chamado Coconuto (O restaurante fica à beira mar). Tem um ambiente legal, mas o preço… 30 dólares uma macarronada (se for converter para o Real tudo, não saio p lugar nenhum!).Mas o que me fez sentir em outro mundo foi ver os sinais de trânsito no Centro, precisava de uns outros milhares espalhados pela cidade. O trânsito é caótico e qualquer chuva faz a cidade parar. Cheguei a passar 4 horas parado no carro. Mas o interessante do trânsito aqui é que parece uma feira. Se vende de tudo! Papel higiênico, roupa, sapato, antena de tv, cadeira, ovo e o curioso é que você vê centenas de pessoas vendendo Gasolina em garrafas de vidro. Colocam no chão ou em cima de uma pequena mesa. A gasolina é bem barata, já que o país tem grandes reservas e a Sonangol (a Petrobrás no Brasil) é a empresa mais conhecida dos angolanos. O prédio da estatal no centro da cidade é bem imponente e destaca-se.

O estilo musical do momento é a Tarrachinha. Não tem letra, apenas som. E o homem fica quase parado ou apenas acompanhando alguns movimentos da mulher, que sai se esfregando até o chão, faz Gretchen parecer Madre Tereza… como um amigo falou no fim de semana: “elas são devassas!!!”
Segue link da dança da Tarrachinha!

O meu vocabulário ta aumentando! Apesar da língua oficial ser o português, eles falam de forma mais coloquial e muito rápido e nem sempre consigo compreender e ser compreendido. Tem o Kimbundo que é um dialeto local que é bem difícil e nem me meto (é constante principalmente em músicas).

Segue algumas palavras e gírias angolanas:

Yáh – sim
Fixe – legal
Urna – freezer
Telemóvel – celular
Auto-carro – ônibus
Carrinha – Camionete

E se algum angolano chamar vc pra “chupar uma” não estranhe. É o mesmo que tomar uma!!

Saudade do Brasil! Recife!!

Meus amigos.. abração!!
Aqui tá fixe!!!